
Contos de Strumherz



Canto I - Cântico das Cinzas
Nas margens de um rio silencioso, uma criança é encontrada e o destino do mundo muda para sempre.
Elisabeth cresce entre fé e mistério — até que o fogo azul consome tudo e dela renasce Atemyia,
a mulher entre o céu e o inferno, cujas lágrimas deram flores às cinzas.
Do fim de uma vida, nasce o primeiro sussurro do Fluxo.
E o universo canta o nome que um dia será lembrado como Freya.



Canto II - Cântico do mundos sem saida
Das sombras do velho mundo ergue-se Hugo, o homem nascido do corvo branco.
Criado pelo vampiro Garai, herda a sede dos imortais e o olhar dos que já viram o fim.
Entre ruínas, fé e sangue, aprende a viver entre os vivos sem pertencer a eles.
Quando o seu mestre desaparece, vagueia por terras esquecidas, anotando o que resta da humanidade.
É então que vislumbra, sob a luz azul do Fluxo, a figura de uma mulher que caminha sobre as águas —
Atemyia, o eco do primeiro fogo, a alma que um dia será Freya.
O encontro não se cumpre, mas o destino é selado:
duas metades começam a mover-se uma em direção à outra,
e o tempo, mais uma vez, prende a respiração.



Canto IIi - AR’KHEM, O REINO DAS AREIAS ETERNAS
Nas terras onde o tempo dorme e o sol purifica, Freya caminha sob véus de luz e silêncio.
Chamam-na A Mulher Sem Sombra, aquela cujo passo faz o deserto lembrar o que os deuses esqueceram.
Entre ruínas que falam e ventos que rezam, ela busca respostas nas vozes da areia.
Cada flor azul que nasce em seu caminho é memória de um fogo antigo —
o mesmo que, um dia, fará o céu curvar-se diante dela.

